Ex-prefeito de Salvador, o deputado federal Antonio Imbassahy (PSDB) avalia a audiência que o prefeito eleito da capital baiana, ACM Neto (DEM) teve com o governador do Estado, Jaques Wagner (PT), como um ”bom início” para o prefeito “que vai encontrar a cidade num estado deplorável” e mostra que o governador está disposto a contribuir com a prefeitura. “Cabe aos dois encontrarem um caminho para que essa parceria gere os frutos que a cidade espera e merece”, disse Imbassahy ao Bahia Notícias. O tucano considera “exagerado” afirmar que o fato inaugura uma nova era da política baiana. A opinião do presidente do PT na Bahia, Jonas Paulo, é diferente. Para ele, a disponibilidade demonstrada pelo governador para selar uma “parceria administrativa” com ACM Neto, ao qual o petista se opõe no campo político, representa uma “evolução” na política baiana. “Em respeito ao resultado das urnas – coisa que não acontecia no passado – estamos dialogando”, disse Jonas Paulo, ao confirmar que se refere ao período em que políticos carlistas estiveram no governo estadual. “Ao invés de parceria, Lídice da Mata encontrou perseguição”, complementou, ao mencionar a ex-prefeita da capital baiana, cuja gestão sofreu retaliações dos governos federal e estadual. O presidente estadual do PMDB, deputado federal Lúcio Vieira Lima, avalia positivamente o encontro entre Wagner e Neto. “Diálogo sempre é avanço. Agora, nós temos que torcer para que esse seja produtivo, não fique só na retórica”, declarou Lúcio ao BN. Questionado se o fato de o prefeito eleito ter pedido ao governador que ele seja seu interlocutor com a presidente Dilma Rousseff – após ter declarado que tal função estaria com o vice-presidente do Brasil, Michel Temer (PMDB) – poderia ferir suscetibilidades dos peemedebistas, Lúcio Vieira foi enfático: “de jeito nenhum”.
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