Li certa vez o artigo: “O ESPELHO, uma história de amor”. Esta me fez lembrar outra: “Salvo pela gentileza”, que me trouxe a lembra de uma que vivi ali na terra do vereador Bertolino: CONCHAS, no Distrito de Maniçoba.
1ª história – Conta-se uma história de um empregado num frigorífico na Noruega. Certo dia ao término do trabalho foi inspecionar a câmara frigorífica. Inexplicavelmente, a porta se fechou e ele ficou preso dentro da câmara. Bateu na porta com força, gritou por socorro, mas ninguém o ouviu, já que todos haviam saído para suas casas e era impossível que alguém pudesse escutá-lo. Já estava quase cinco horas preso, debilitado com a temperatura insuportável. De repente a porta se abriu e o vigia entrou na câmara e o resgatou com vida. Depois de salvar a vida do homem, perguntaram ao vigia: Por que foi abrir a porta da câmara se isso não fazia parte de sua rotina de trabalho? Ele explicou: Trabalho nesta empresa há 35 anos, centenas de empregados entram e saem aqui todos os dias e ele é o único que me cumprimenta ao chegar pela manhã e se despede de mim ao sair. Hoje pela manhã disse “Bom dia” quando chegou. Entretanto não se despediu de mim na hora da saída. Imaginei que poderia ter-lhe acontecido algo. Por isso o procurei e o encontrei…
Pergunta: Será que você seria salvo (a)? Ele foi salvo pela bondade.
2ª história – Em 1987, passando de carro numa estrada a mais ou menos 1 km após Conchas, vi um carro virado dentro de uma poça d água (estava chovendo muito) e um homem gemendo, pedindo socorro e alguns observadores mantendo distância, somente a observar. Parei o carro e perguntei: por que não socorremos este homem? Quando ouvi duas vozes (uma de homem e outra de mulher) ao mesmo tempo dizendo: não entre nesta, amigo! Ai está um homem perverso, orgulhoso e arrogante. Nestas bandas ninguém gosta dele. Deixa-o sofrer para descobrir o quanto pessoas são importantes. Ele trata a todos aqui, como escravos. Ele é o símbolo da malvadeza e da ruindade.
Eu já disse certa vez que tenho medo de pouca coisa. Nesse dia, não sei se medo ou precaução, não arrisquei. Apenas disse no ouvido de uma senhora: – não deixem este homem morrer, e me retirei. Soube que ele depois de desmaiar, foi retirado e levado para o hospital, mas não se salvou.
Pergunta: Por que esse homem foi a óbito?
3ª história: “O ESPELHO – uma história de amor” em outra oportunidade, com o mesmo título.
… Renato quase não via a senhora, com o carro parado no acostamento. Chovia forte e já era noite. Mas percebeu que ela precisava de ajuda…
… Assim parou seu carro e se aproximou. O carro dela cheirava a tinta de tão novinho. A senhora pensou que pudesse ser um bandido. Ele não parecia seguro, parecia pobre e faminto.
… Renato percebeu que ela estava com muito medo disse; “Eu estou aqui para ajudar madame, não se preocupe. Por que não espera no carro onde está quentinho? A propósito, meu nome é Renato…
… Bem, tudo que ela tinha era um pneu furado, mas para uma senhora de idade avançada era ruim o bastante. Renato baixou-se, colocou o macaco e levantou o carro. Logo ele já estava trocando o pneu. Ficou um pouco sujo e feriu uma das mãos…
Enquanto apertava as porcas da roda ele abriu a janela e começou a conversar com ele. Contou que era de São Paulo e que só estava de passagem por ali e que não sabia como agradecer pela preciosa ajuda. Renato apenas sorriu enquanto se levantava… Ela perguntou quanto devia. Já tinha imaginado todas as terríveis coisas que poderiam ter acontecido se Renato não tivesse parado e ajudado. Renato não pensava em dinheiro, gostava de ajudar as pessoas. Este era seu modo de vida. E respondeu: “Se realmente quiser me pagar, da próxima vez que encontra alguém que precisa de ajuda der para ela a ajuda de que precisar e lembre-se de mim”…
… Alguns quilômetros depois a senhora em um restaurante simples a garçonete veio até ela e trouxe-lhe uma toalha limpa para secar o cabelo molhado e lhe dirigiu um doce sorriso…
… A senhora notou que a garçonete estava com quase oito meses de gravidez, mas ela não deixou a tensão e as dores mudarem a sua atividade…
… A senhora ficou curiosa em saber como alguém que tinha tão pouco, poderia tratar tão bem a um estranho. Então se lembrou de Renato. Depois que terminou sua refeição, e enquanto a garçonete buscava o troco, a senhora se retirou…
… Quando a garçonete voltou queria saber onde a senhora poderia ter ido, quando notou algo escrito no guardanapo, sobre o qual tinha 4 notas de 100,00…
… Correram lágrimas em seus olhos quando leu o que a senhora escreveu. Dizia: Você não me deve nada, eu já tenho o bastante. Alguém me ajudou e da mesma forma estou lhe ajudando. Se você realmente quiser me reembolsar por este dinheiro, não deixe este círculo de amor terminar com você, ajude alguém…
Aquela noite quando foi para casa cansada e deitou-se na cama, seu marido já estava dormindo e ela ficou pensando no dinheiro e no que a senhora deixou escrito… Como pôde aquela mulher saber quanto ela e o marido estavam precisando disto? Com o bebê que estava para nascer no próximo mês, como estava difícil… Ficou pensando na bênção que havia recebido, deu um grande sorriso…
… Agradeceu a Deus e virou-se para o preocupado marido que dormia ao lado, deu-lhe um beijo macio e sussurrou: – tudo ficará bem; eu te amo… Renato!
A vida é assim… UM ESPELHO… Tudo que você transmite volta para você!!
Se fizermos o bem receberemos o bem; se fizermos o mal o retorno sempre será ruim.
Magom – Contabilista, Administrador de Empresa e membro do Lions.