Após receber uma denúncia sobre esgoto a céu aberto no Parque Residencial nossa equipe de reportagem foi ao local e constatou a veracidade do fato. O morador José Batista dos Santos fez questão de mostrar o percurso do esgoto e quanto ele é prejudicial para a população. De acordo com Batista há três anos a lagoa de estabilização do bairro foi aterrada, época que o esgoto foi desviado para outro trajeto, “até ai tudo bem, se esse não desembocasse no rio sem tratamento. Podemos ver por onde o esgoto passa e o mau cheiro que ele deixa, isso sem citar nos problemas de saúde que vamos enfrentar caso continue assim”, reclama, pedindo solução ao SAAE.
O morador falou ainda que já procurou o município para tentar solucionar o problema, mas que foi ignorado por completo. “Moro aqui a mais de 25 anos e nada muda, já cansei de fazer essa denúncia, espero que dessa vez sejamos ouvidos e atendidos, pois é um absurdo ver o esgoto sem tratamento cortar toda a cidade e ninguém fazer nada para resolve essa situação”, desabafou. O esgoto citado, segundo Batista, recebe dejetos das casas do Minha Casa, Minha Vida, do próprio Parque Residencial, do João Paulo II, passando pelo Tabuleiro, Itaberaba e São Geraldo desembocando no rio, “contaminando tudo por onde passa”, acrescenta. E para piorar a situação alguns moradores utilizam a água do esgoto, diga-s e de passagem, sem tratamento para molhar a plantação. “tem deles que desviam o curso normal do esgoto e molham as plantas”, relata.
Consequências
Diante dessa informação procuramos o engenheiro agrônomo Carlos Francisco para falar sobre as consequências dessa imprudência. “De acordo com que foi relatado podemos dizer que em relação ao capim, que possivelmente será para alimentar animal, a grandes possibilidades de estarem contaminados com algum tipo de verme ou bactérias, e ao alimentar o animal esse poderá também ser contaminado o que causará também consequências ao consumo humano. Quanto às frutas essas não serão de qualidade, mas não vão fazer mal ao ser consumida pelo homem, mas em compensação o solo deixará de ser saudável e provavelmente não terá tanta produtividade como se tivesse sendo regada por água saudável”, esclareceu.
Nota
O SAAE também foi procurado e informou que Juazeiro foi contemplado no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal com obra de saneamento em vários bairros da cidade. Concluída a parte das redes coletoras está sendo conduzido agora o processo de licitação para as estações elevatórias.
Galeria de fotos
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Por Lidiane Souza
Fotos: Cristina Duarte