Melhorar a coleta de dados e criar conexão entre diferentes sistemas é tarefa fundamental para garantir a eficiência da inteligência artificial (IA) e seu potencial na área da saúde. É o que defendem especialistas que participaram do painel sobre os desafios e benefícios da utilização de IA durante o Summit de Saúde e Bem-Estar, realizado pelo Estadão, nesta segunda-feira, 14.
Segundo Esther Luna Colombini, professora de inteligência artificial e robótica e vice-diretora do Instituto de Computação da Universidade de Campinas (Unicamp), os bancos de dados precisam estar bem estruturados, com informações iniciais confiáveis e diversas. Isso porque, especialmente na saúde, é importante ter dados de grupos étnicos, de gênero e idade variados.
“Estamos em uma convergência muito importante para chegar a resultados incríveis desde que esses modelos sejam feitos com bases de dados precisos e de maneira regulada”, disse a professora. “O SUS pode ser uma referência no cenário de dados”, afirma, considerando a abrangência do Sistema Único de Saúde brasileiro.
Victor Piana, CEO do A.C. Camargo Câncer Center, ressalta que “não adianta usar IA com dados faltantes”. O A.C. Camargo tem sido uma das referências no uso de tecnologia para leitura de exames e organização de fila de prioridade de pacientes com câncer. De acordo com Piana, é essencial criar uma “massa única de dados”, com colaboração entre diferentes empresas de saúde e o SUS.
Tribuna da Bahia