O acidente com o cruzeiro Costa Concórdia já causou US$ 93 milhões (cerca de R$ 166 milhões) de danos “imediatos”, segundo Pier Luigi Foschi, presidente da Costa Crociere, administradora do navio.
Em entrevista coletiva, ele afirmou que, além destes prejuízos, ainda deverão ser avaliados os danos relativos a seguros.
Os mais de 4.000 passageiros do navio ainda poderão pedir o ressarcimento de todos os prejuízos, incluindo o preço da passagem, os danos derivados da perda das bagagens, o reembolso das despesas tidas com o retorno antecipado a suas casas e os danos derivados pela morte ou por lesões causadas pelo acidente.
Segundo o jornal “Financial Times”, a Carnival, grupo que opera 11 diferentes marcas de linhas de cruzeiros, entre elas a Costa Crociere, deve registrar prejuízos de US$ 95 milhões devido ao acidente neste ano contábil.
Já a BBC adianta que a queda do valor das ações do grupo nas Bolsas já custa US$ 1 bilhão à companhia.
As ações da empresa, que é listada nas Bolsas de Nova York e Londres, caíram 21% na abertura dos mercados nesta segunda-feira.
Em breve, um comitê de proteção aos passageiros instituído pela Casa do Consumidor de Gênova se reunirá com a companhia de navegação para avaliar como a empresa lidará com a situação.
A Confconsumatori, associação italiana pelos direitos do consumidor, já anunciou que pretende entrar como parte civil no processo, argumentando que “os prejuízos causados por eventuais condutas ilícitas não é dirigida apenas aos milhares de turistas envolvidos, mas afeta a credibilidade do turismo e da marinha italiana”.
A associação deverá fornecer assistência a todos os que quiserem entrar como parte civil em processos penais para obterem indenização por danos morais, além de patrimoniais.