O Especial do Dia das Mães traz uma reportagem especial sobre o primeiro contato entre mães e filhos, o aleitamento materno, que segundo especialistas é também o primeiro momento social do recém-nascido. Muito mais que um alimento, o aleitamento materno é a oportunidade de troca entre mãe e filho e deve ser muito bem preparado para não haver rejeição de nenhuma das partes, foi o que explicou a coordenadora do Banco de Leite Biama em Petrolina, Flávia Guimarães, que também é pediatra.
Segundo a médica, muito mais que passar nutrientes necessários à vida, amamentar também cria o equilíbrio emocional da criança, já nos primeiros dias de vida do bebê. No entanto, a coordenadora do Biama lembra que a mãe precisa querer amamentar, pois ela não amamenta sozinha. “Amamentar não pode ser visto somente pelo aspecto imunológico e nutricional, temos que pensar que esse é um aspecto biopsicossocial, que abrange o campo social, e psicológico dos dois envolvidos”, esclarece.
Flavia Guimarães falou ainda a nossa equipe de reportagem que o leite materno é muito importante nos primeiros seis meses de vida e deve ser um alimento exclusivo, “pois o leite tem os nutrientes e os fatores imunológicos necessários para protegem o bebê de doenças. Isso foi comprovado depois de muitas pesquisas. É um alimento perfeito, o único na natureza que alimenta sem necessidade de outros componentes”, enfatizou, dizendo que em toda unidade de saúde deveria ter uma sala de amamentação para orientar as mães, especialmente durante o pré-natal. “Acredito que muitas mães tem receio de amamentar por falta de conhecimento e também por não saber como proceder com a criança, se a orientação acontecesse muitas mão deixariam de ter resistência e aproveitariam bem mais o momento”, expôs.
A coordenadora foi além ao informar que a maior diferença é que o leite industrializado tem origem animal, por mais que a indústria tente, ela não vai ter condições de imitar o leite materno. “Essa é uma das orientações que damos as mães que ainda tem dúvida se querem amamentar, sem dizer que quando a criança apenas mama ela cria uma flora intestinal que combate as bactéria e adoecem menos”, explicou.
Conversamos também com a paciente Cristiane da Silva, mãe de um menino de três meses que garantiu que seu bebê apenas se alimenta de seu leite. “Tenho consciência que meu filho precisa do leite materno e recebi muitas orientações boas aqui no Banco de Leite. Vou alimentá-lo no peito até quando puder, e ele vai crescer forte e saudável”, assegurou a mamãe, que recebe do Diário da Região as mais justas homenagens em nome de todas as mães do Vale do São Francisco.
Por Lidiane Souza