Os policiais civis de Pernambuco cruzaram os braços nesta quarta-feira (30) numa paralisação de 24 horas, onde apenas casos emergenciais e essenciais, como flagrantes, vítima menor, liberação de corpo no Instituto de Medicina Legal (IML) e local de crime foram atendidos. Mesmo em estado de greve o clima foi de tranquilidade na delegacia de Petrolina, foi o que informou o diretor do Sinpol, José Jorge Maximiniano. “80% dos agentes aderiram à paralisação de 24 horas deflagrada em todo o estado, mas todos os policiais vieram para a delegacia cumprir seu horário”, expôs.
Ainda segundo Jorge a medida faz parte da campanha salarial deste ano. “A categoria realizou em Recife uma passeata da sede do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol/PE), no bairro de Santo Antônio, até o Palácio do Campo das Princesas, sede do governo do estado, e estamos aqui solidários e aguardando um posicionamento do sindicato”, revelou, declarando ainda que caso o governo não sinalize um entendimento a categoria vai realizar uma assembleia geral para votar a possibilidade de greve por tempo indeterminado.
Segundo Sergio Olimpio, policial civil de Petrolina, os serviços como BO, ouvidas, diligências e emissão de cédulas de identidade foram suspensos. Sergio falou também sobre as condições de trabalho da delegacia na cidade. “Aqui não tem condição nenhuma de trabalho, o xadrez fede, dividimos o alojamento cm as gavetas do IML, e as dependências deixam a desejar”, declarou, afirmando que a paralisação é uma busca pelos seus direitos.
Reivindicação
A lista de pedidos do sindicato inclui um reajuste de 84%, que corrigiria a distorção existente entre um policial civil em final de carreira e um delegado, o pagamento de adicional noturno e horas extras dentro do que prega a lei, além da reestruturação das delegacias.
Hoje, Pernambuco possui 6.500 policiais civis, incluindo peritos e médicos legistas, de acordo com o Sinpol/PE.
Por Lidiane Souza
Foto: Cristina Duarte