Quarta-feira. 12 de outubro. Dia das Crianças. Em homenagem aos pequeninos durante toda a semana produziremos matérias acerca do colorido e divertido mundo da criança.
Brincar, brincar, brincar. Quando se é criança não existe atividade mais prazerosa e divertida do que brincar. Que brincar faz bem para o seu filho, você já sabe. Mas pesquisas comprovaram que crianças que brincam mais, se tornam adultos mais saudáveis.
Mas, o que é brincar? Para 97% das crianças brasileiras, ver televisão, DVD ou vídeos é sinônimo de brincadeira – e essa é a favorita delas. Com o passar dos anos as brincadeiras se centralizam em brinquedos industrializados e eletrônicos. E as antigas brincadeiras foram ficando em um passado muito distante.
Para o estudante Eduardo Lourenço, 21, as crianças de hoje não sabem a essência do que é brincar. “As crianças se comportam como adultos, vivem isoladas, se limitam aos jogos virtuais. Tenho um exemplo clássico em minha família, meu sobrinho de 10 anos só brinca de jogos virtuais e assiste televisão, essas são suas brincadeiras. As crianças não sabem o prazer de andar de bicicleta, brincar de se esconder, jogar futebol, de correr no meio da rua”, afirma Eduardo.
Amarelinha, bola de gude, esconde-esconde, cabra-cega, queimado, sete cacos, futebol na rua, gelinho, stop, andar de bicicleta, tá pronto seu lobo?, além das cantigas gata pintada, pobre ou rica, ciranda cirandinha são algumas das brincadeiras que faziam parte do roteiro de qualquer criança. Hoje, as brincadeiras se modernizaram e junto com elas as crianças. A infância não é aproveitada com todo o gosto que se pode aproveitar.
O bancário, Marcio Henrique, 23, revela que a sua infância e parte da sua adolescência foram dedicadas ao universo da criança. “Eu brinquei muito, aproveitei demais. Até meus 15 anos, eu brinquei com meus ‘bonecos’ e toda semana minha mãe comprava uns dois a três bonecos novos. A infância é uma das melhores fases de nossas vidas, e temos que aproveitá-la como crianças”, ressalta.
A brincadeira precisa ser prazerosa e variada para ter qualidade. Os pesquisadores do Instituto Ipsos criaram o “Índice Brincar” para avaliar a qualidade das brincadeiras, levando em conta o tipo de atividade e o tempo gasto com ela. De acordo com esse índice, 39% das crianças brasileiras não brincam como poderiam. Portanto, tire seu filho da frente da televisão, pegue a bola e desça até a quadra do prédio. Brincar não é genético, brincar se aprende.
Por Gabriella Moura