Cerca de 100 funcionários permanecem na porta da empresa de ônibus coletivo Viva Petrolina desde a manhã desta quarta-feira (29). O protesto foi considerado ilegal na tarde desta terça (28) pelo juiz da 2ª Vara do Trabalho de Petrolina, Fabio José Furtado, e os funcionários teriam que retornar ao trabalho na quarta.
Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Petrolina e Sertão de Pernambuco, Jaime Pessoa, foi feita uma assembleia quando a categoria recebeu a liminar e ficou decidido que os trabalhos retornariam na quarta normalmente. Mas o representante disse que foi informado pelos motoristas que ao chegarem à Viva Petrolina, cinco viaturas da polícia e seguranças armados.
O sindicato afirmou que recebeu a informação de que a Viva Petrolina está convocando 56 novos trabalhadores. “Se não chegou carro, quer dizer que pessoas serão demitidas”, Jaime Pessoa disse que irá acionar a justiça para garantir os direitos dos funcionários que participaram da paralisação. “É triste fazer uma greve por direito, retornar sem receber nada e ainda ter uma notícia dessa possível demissão”, lamentou.
A empresa Viva Petrolina informou, em nota que:
“Diante da Decisão Judicial que considerou ilegal o movimento grevista deflagrado ontem pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Petrolina (SINTTROP) a Viva Petrolina convoca todos os funcionários a retornarem imediatamente a seus postos de trabalho.
Quanto às reivindicações apresentadas pela categoria, informamos que foi solicitada realização de audiência conciliatória junto ao SINTTROP a fim de que sejam esclarecidos, ponto a ponto, os questionamentos apresentados.
Esclarecemos que o pagamento do adiantamento quinzenal, iniciado no dia 27/01, segunda-feira – com atraso, portanto, de cinco dias em relação ao previsto – não pôde ser concluído devido à paralisação ocorrida ontem e parcialmente mantida hoje.
Por fim, iniciamos recrutamento, para contratação imediata de motoristas e cobradores a fim de que possamos normalizar, o mais rápido possível, o atendimento à população.”
G1