Com a seca que castiga quase todo o estado da Bahia, dos 155 mil agricultores familiares que aderiram ao Programa Garantia Safra (safras de inverno e verão 2011/2012), aproximadamente 85 mil perderam a safra e terá amenizada a sua situação com o recebimento do seguro-safra, no valor de R$ 680, pago em quatro parcelas. A previsão é de ser injetado na economia dos municípios um valor estimado de R$ 57 milhões, em coberturas.
O Garantia Safra, do Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA), executado na Bahia pela Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA) em parceria com a Superintendência da Agricultura Familiar (Suaf), tem como perspectiva minimizar os efeitos da perda de safra das unidades familiares, por seca ou excesso de chuvas.
“A seca é um fenômeno natural, porém, de consequências drásticas para os agricultores familiares, que têm suas culturas dizimadas. A falta de água chega muitas vezes ao abandono de suas propriedades. Este é um fato doloroso, e os governos federal e estadual trabalham juntos para minimizar os efeitos da seca”, diz o presidente da EBDA, Elionaldo de Faro Teles.
Na safra 2010/2011 foram inscritos um total de 114 mil unidades familiares, enquanto na safra 2011/2012 totaliza 150 mil, com a safra de inverno. Outro dado é o número de prefeituras que aderiram na safra passada, que correspondeu a 203 municípios. Na safra atual, 211 municípios aderiram ao programa, sendo que 117 já solicitaram vistoria da EBDA para a liberação do laudo que garante o pagamento do seguro, mediante a análise e comprovação pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
produção de subsistência
Dos 417 municípios baianos, 266 estão inseridos na região do semiárido, sofrendo as consequências do longo período de estiagem e de distribuição irregular de chuvas. Este fato vem ocasionando perdas da produção agrícola e animal, com a indisponibilidade de água para o consumo, até mesmo humano, além da falta de alimentos para os rebanhos bovino, caprino e ovino.
Nesses municípios há uma grande concentração de agricultores familiares que produzem culturas de subsistência, sendo os mais afetados pela estiagem. Das regiões que plantam a chamada safra de verão, de feijão e milho, que tem época de plantio em novembro e dezembro, com o período de colheita entre o final de abril até junho, destacam-se as regiões de Barreiras, Bom Jesus da Lapa, Caetité, Itaberaba, Jacobina, Juazeiro, Jequié, Senhor do Bonfim, Seabra, Santa Maria da Vitória, e Vitória da Conquista.