Os consumidores da classe B devem responder pelo maior volume de vendas de itens de vestuário este ano, segundo levantamento divulgado nesta quinta-feira (19) pelo Ibope, que estima gasto médio de R$ 670 por cada brasileiro neste segmento em 2012. A previsão de gasto para este ano é superior ao número de 2011, quando a média nacional foi de R$ 583. A região Sul do País, conforme a pesquisa, deve concentrar o valor mais alto, com R$ 791 por pessoa.
Já a classe B deve ser responsável pela maior parcela dos gastos (42%), seguida pela classe C (38%). Juntas, ambas classes devem somar R$ 88 bilhões destinados ao segmento de vestuário, do total de R$ 109 bilhões estimados para o ano. O montante é 15,7% superior aos R$ 76 bilhões contabilizados no ano passado. Em contrapartida, as classes D e E devem compor o menor grupo de consumo para o varejo de vestuário, com os gastos combinados somando R$ 7 bilhões, ligeiramente acima dos R$ 6,6 bilhões do ano anterior.
Se considerada a combinação entre região e classe social, o Sudeste deve concentrar o maior potencial em todas as classes, enquanto os índices mais baixos serão vistos na região Norte. As varejistas de vestuário – especialmente as que dependem mais de crédito para vender – foram as mais afetadas ao longo do ano passado, com as vendas prejudicadas por preços mais altos decorrentes da disparada da cotação do algodão, além da transferência de gastos para itens de outros segmentos.
Segundo a Alshop, entidade que representa os lojistas de shoppings no País, o segmento de vestuário fechou 2011 com o pior resultado entre os setores de consumo, tendo apurado alta de apenas 2% nas vendas no período de Natal – de 15 de novembro a 24 de dezembro – sobre igual etapa do ano anterior e mostrando estabilidade no resultado anual.