Treze anos depois do crime, a Justiça considerou culpados todos os réus no processo sobre a morte da ex-deputada alagoana Ceci Cunha. Os jurados condenaram por homicídios duplamente e triplamente qualificados o ex-deputado federal Talvane Albuquerque Neto – acusado de ser o mandante do crime – e quatro assessores dele, Alécio César Alves Vasco, Jadielson Barbosa da Silva, José Alexandre dos Santos e Mendonça Medeiros da Silva, pela morte de Ceci Cunha e de três familiares dela, em 16 de dezembro de 1998, no crime conhecido como Chacina da Gruta.
Em relação ao assassinato da deputada, a Justiça entendeu tratar-se de homicídio duplamente qualificado; já na morte dos três familiares de Ceci Cunha, o homicídio teve uma tripla qualificação. A pena para cada um dos cinco réus ainda não foi divulgada. No crime, foram assassinados, além da deputada, o marido dela, Juvenal Cunha, a sogra, Ítala Neyde Maranhão Pureza, e o cunhado, Iran Carlos Maranhão.
Silva foi apontado como um dos atiradores por Claudinete Santos Maranhão, irmã de Ceci, que estava no local da chacina e conseguiu escapar dos atiradores.
Para o Ministério Público Federal, o mandante do crime foi Talvane Albuquerque, então filiado ao PTN e suplente de Ceci na Câmara. Ele teria encomendado a morte da deputada para ocupar a cadeira dela na Câmara e usufruir da imunidade parlamentar do cargo. Ceci foi morta com um tiro na nuca horas depois de assumir o posto e no momento em que estava reunida com parentes para comemorar a conquista. O processo se arrasta na Justiça há treze anos. Houve dezenas de recursos e uma discussão sobre a competência para julgar o caso, se era da Justiça Estadual ou da Justiça Federal. A ação tem trinta volumes e treze apensos.
Foto: (Marco Antonio/AE
Com Agência Estado