Carlos Lupi pediu demissão do cargo de ministro do Trabalho neste domingo (04), em meio a diversas denúncias de irregularidades na pasta e contra ele.
A decisão foi acertada após reunião com a presidente Dilma Rousseff, disse um outro ministro à Reuters. Esse ministro, que pediu para não ter seu nome revelado, afirmou que Dilma ainda não escolheu um substituto para Lupi e que, por ora, será adotada uma solução transitória.
O secretário-executivo do ministério, Paulo Roberto Santos Pinto, responderá pela pasta interinamente, informou a assessoria da Presidência da República em nota divulgada na noite de domingo. É possível que Dilma só escolha um substituto definitivo na reforma ministerial prevista para o começo do próximo ano.
Lupi é o sétimo ministro a deixar o governo Dilma, o sexto diante de denúncias de irregularidades publicadas pela imprensa. Ele foi um dos integrantes do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que foram mantidos por Dilma em seus cargos.
A situação política de Lupi se deteriorou na quarta-feira, após a Comissão de Ética Pública (CEP), órgão consultivo ligado à Presidência da República, ter recomendado à Dilma a exoneração do ministro. Em nota, Lupi se disse vítima de “perseguição política e pessoal da mídia” e afirmou ter sido condenado “sumariamente” pelo parecer da CEP.