Buscando melhor acompanhamento de crianças que estão na fase da primeira infância, uma equipe com nove psicólogos do Instituto Alfa e Beto, coordenada pela Diretora de Projetos, Denise Rocha, estão em Petrolina desde o último dia 11 acompanhando o funcionamento das 79 unidades inauguradas do ‘Programa Nova Semente’ e outras insttuições de ensino infantil. Dentre as atividades, está a aplicação do ASQ. A sigla significa Ages and Stages Questionnaires, inventário desenvolvido em 1997 nos Estados Unidos. Desde então, vem sendo utilizado em diversos países, como os Estados Unidos, França, Espanha, Dinamarca, Noruega, Quênia, Zâmbia, China, Coréia, Chile e Equador que validaram o instrumento para avaliar o desenvolvimento de suas crianças.
No Brasil, o questionário está sendo aplicado pela primeira vez nas cidades do Rio de Janeiro e Petrolina. Nesta, o método utilizado é o ASQ – 3. “O ASQ – 3 possui cinco dimensões importantissimas a serem observadas no desenvolvimento das crianças que estão na primeira infância. São analisadas a capacidade motora, a capacidade de resolução de problemas em alguns níveis e comunicação com outras crianças, pessoas e professores. Ainda trabalhamos dentro de outro tipo de questionamento (ASQ – SE) com o emocional e o social das crianças”, explicou a Diretora.
A aplicação do inventário é feita pelas funcionárias das unidades com a participação dos pais e das crianças. Para a sementeira da unidade ‘Lar Santiago’ localizada no bairro Gercino Coelho, Santana Silva, os questionamentos auxiliam na percepção das necessidades individuais de cada criança. “A aplicação é feita individualmente e isso nos ajuda a perceber as necessidades de cada criança como também percebemos onde nós como educadoras precisamos melhorar para atender a cada um”, explicou Santana.
O acompanhamento do desenvolvimento das crianças em Petrolina não se limita apenas à aplicação do inventário. Os psicólogos do instituto Alfa e Beto também estão realizando visitas às unidades do Nova Semente e conhecendo a rotina de crianças e gestores. “Conversamos com as gestoras, procuramos saber o que ela faz, como faz. Aprendemos sobre a sua rotina”, explicou Denise Rocha. A diretora enalteceu que as visitas são bem participativas. “Nós sentamos com as crianças, fazemos as refeições com elas, sem perder de vista a observação de como a unidade funciona neste momento”, disse.
Nas visistas, os psicólogos registram os momentos em vídeos e analisam o comportamento e interação entre educadores e crianças. “Já temos mais de 150 vídeos registrando cada interação efetiva ente professoras e alunos, daí analisamos parâmetros como clima positivo dentro da unidade, sensibilidade, “feedback”, comportamento, linguagem e facilidade de aprendizado”, frizou Denise.
A coordenadora do ‘Programa Nova Semente’, Mônica Couto, explicou que o trabalho feito em parceria com o Instituto Alfa e Beto vai qualificar o processo ensino-aprendizagem nas unidades. “A aplicação do ASQ e o acompanhamento do funcionamento das unidades devem refletir positivamente na educação das crianças. Entende-se que é de grande importância o trabalho desenvolvido pelas sementeiras e com a aplicação dos questionários elas podem perceber que existem coisas e momentos que muitas vezes acreditavam não ter muita importância e na verdade é algo que influência bastante na educação.”, enalteceu a coordenadora.
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