Em agosto de 2009, me dirigi ao Governador do Estado para lhe oferecer uma colaboração com vistas a uma melhor administração do Estado. Eu dizia ao Governador da importância de pôr em prática os projetos de irrigação das ilhas do Rio São Francisco, começando em Petrolina e terminando em Belém do São Francisco.
Em Petrolina, são três ilhas que foram selecionadas para iniciar o programa de irrigação das ilhas: a Ilha do Massangano, a Ilha do Pico e a Ilha do Coqueiro. Em Santa Maria da Boa Vista, a Ilha da Missão, a Ilha Pequena e Ilha Caraputé. Em Lagoa Grande, a Ilha do Pontal. Em Orocó, a Ilha da Vila. E no município de Belém do São Francisco, a Ilha Grande e a Ilha da Várzea. Essas ilhas, chamadas áreas irrigáveis, somam 15 mil hectares. Considerando um número conservador que são seis empregos diretos e indiretos por hectare, multiplicando pelos 15 mil hectares, seriam 90 mil empregos.
Eis o que aconteceu: o projeto não foi aceito pelo governador e gerou um prejuízo para a região de perder 90 mil empregos perdidos. Meus amigos, este projeto é o mais barato de todos. As ilhas são cercadas de água, já possuem sistema de drenagem, já têm o sistema de eletricidade, já têm balsas que fazem a ligação das ilhas com a terra firme. Então, é uma complementação de uma ideia bem promissora.
A falta de compromisso do governador com a nossa realidade, com o nosso povo, com o nosso bem-estar deixou a obra paralisada. A obra já foi iniciada, já tem a drenagem, energia, balsas. Só falta a parte do Governo, que são as estradas vicinais ao longo das ilhas. Um projeto barato, e uma indiferença inaceitável
Nós temos jovens aqui no Vale estudando, se aplicando nos estudos, querendo oportunidade de trabalho. Para ter essa oportunidade de trabalho, é preciso investimento estatal. E o Estado está indiferente à sorte da nossa gente. Isso não pode continuar!
Osvaldo Coelho (DEM/PE)
Foi deputado federal por oito legislaturas.