Grávidas podem trabalhar até o dia final da gestação, desde que sintam-se bem e sejam autorizadas pelo médico. Essa é a recomendação. Assim, a licença-maternidade ficará reservada exclusivamente para o período de aleitamento.
Se durante o pré-natal for detectado algum problema como hipertensão ou diabetes, a gestante deve parar de trabalhar para cuidar com mais rigor da gravidez, orientam os médicos.
Já o ginecologista Odair Albano dá uma dica importante para as gestantes que pretendem trabalhar durante toda gravidez: “sempre que possível alterne períodos de ficar sentada a períodos de movimento”. Ou seja, se você passa muito tempo em pé, deixe uma cadeira sempre à mão para descansar. Mas, se você passa muito tempo sentada, tire uns minutinhos para dar um volta e tomar um ar fresco.
Márcia Santos, 37 anos, grávida pela terceira vez, afirma que sempre trabalha até próximo do parto. “Na minha primeira gestação foi mais tranquilo porque eu tinha uma loja de roupas e poderia fazer o meu horário. Mas, mesmo assim, ia todos os dias. Quando engravidei da segunda vez e dessa eu já não tinha mais a loja, passei a ser funcionária pública, então, tenho mesmo que cumprir horário”.
Por outro lado, há mulheres que se sentem pesadas e não conseguem trabalhar até o final da gestação e acabam pedindo a licença antes mesmo de o bebê nascer. É o caso de Wanessa Dias, 27 anos, comerciária. “Essa é a minha primeira gravidez e tenho me sentido muito inchada. Já tinha problema de circulação, então, ficar muito tempo em pé pra mim é um sufoco. Nessa fase final, então, estou me sentindo pesada. Pedi afastamento e ainda faltam cerca de 25 dias para o parto”, relata a futura mamãe.
É importante ressaltar que, caso a grávida não consiga seguir trabalhando até o final da gestação, ela pode dar entrada no pedido de licença maternidade. Só será concedida licença extra, caso a mãe comprove por meio de atestados médicos que não tem condições de trabalhar e, para isso, ela terá direito a afastamento até que a criança nasça.
6 coisas que uma grávida NÃO pode fazer
No momento em que sabemos que estamos grávidas, uma avalanche de dúvidas cai sobre nossa cabeça e assim permanecemos por nove meses.
Relacionamos abaixo seis coisas que uma mulher grávida não pode fazer:
Raios-X na gravidez
Unânime entre os médicos: Raio X, só em caso de extrema necessidade e, mesmo assim, com um protetor de chumbo no abdome. A mesma recomendação vale para as radiografias feitas no dentista.
Banho quente na banheira e sauna na gravidez
Quem está esperando um bebê precisa encontrar outro jeito de relaxar. Isso porque a imersão em água quente causa uma vasodilatação capaz de derrubar a pressão arterial, naturalmente mais baixa em quem espera um bebê. Sauna, então, nem pensar pelo mesmo motivo.
Remédios na gravidez
Na teoria, mulheres grávidas não devem tomar remédio nenhum, a não ser com indicação médica. Isso porque é preciso pesar o risco-benefício: se a mulher tiver uma infecção grave, que pode provocar um parto prematuro precisará tomar antibiótico. Caso uma inflamação esteja provocando dor, também precisará ser combatida, pois o quadro não faz bem para o nenê. No entanto, cada caso precisa ser avaliado pelo médico que acompanha a gravidez.
Bebida alcoólica na gravidez
Estudos provam que o consumo de bebidas alcoólicas é contra-indicado na gestação. Um deles, publicado pela Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, confirma que o álcool está associado à restrição do crescimento do feto, sendo as meninas mais suscetíveis aos seus efeitos deletérios.
Vacinas durante a gravidez
A gestação não é o momento mais recomendado para se tomar vacinas, já que muitas delas contêm vírus ou bactérias vivas em pequenas quantidades que poderiam causar efeitos colaterais e até mesmo danos à formação do bebê. A mais recomendada é a antitetânica para a prevenção do tétano no recém-nascido. Essa vacina é composta apenas pela toxina e não pela bactéria, sendo inofensiva ao feto. Existem outras que podem ser usadas sob a orientação médica.
Pintar os cabelos na gravidez
A tintura está permitida desde que a grávida respeite uma regra básica: não usar, de maneira alguma, produtos que contenham amônia. Em contato com o couro cabeludo essa substância é absorvida pelo organismo e pode ser tóxica ao feto.