As delações da Odebrecht voltam a ser motivo de discórdia entre a Polícia Federal (PF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR). Ambas têm divergido, desde o início da operação Lava Jato, em relação ao formato dos depoimentos.
Desta vez, a PF alega, em relatórios parciais públicos e internos, a existência de falhas que comprometem as informações repassadas ao Ministério Público Federal (MPF).
Entre elas, a instituição cita o número exagerado de delatores e a mudança das versões apresentadas por eles.
Além disso, os investigadores alegam que não tiveram acesso, até hoje, aos sistemas que embasaram as planilhas de repasses de dinheiro, caixa dois ou propina, a parlamentares.
De acordo com informações da Folha de S. Paulo, as delações da empreiteira envolvem oito ministros, 39 deputados e 24 senadores.
Ainda segundo os policiais federais, também foi constatada a ausência de documentos que comprovem as narrativas dos colaboradores e a prescrição de alguns supostos crimes.
Agora, caberá à PGR tomar decisões sobre possíveis denúncias contra os implicados.
Fonte: Notícias ao Minuto