A queda da produção em lavouras e rebanhos de cerca de 100 municípios de sete regiões do semiárido baiano chegam a 100% e 60%, respectivamente, por conta da seca que atinge o estado da Bahia. O balanço é da Federação da Agricultura e Pecuária do estado (Faeb) que elaborou o segundo mapa de prejuízos causados pela estiagem, ao qual o A Tarde teve acesso. Para João Martins, presidente da Faeb, em relação ao primeiro mapa, divulgado há 60 dias, a situação piorou muito. “Tivemos grandes perdas. Em abril passado, alertamos que a seca ia começar, de fato, de agosto em diante. O problema maior é agora”, avaliou. Os danos financeiros não foram aferidos no estudo. “Ninguém tem esse dado”, afirma Eduardo Salles, secretário de Agricultura da Bahia. No entanto, ele reconhece que os danos provocados pela estiagem causaram prejuízo bilionário para a Bahia. A pesquisa foi feita nas macrorregiões de Senhor do Bonfim, Jacobina, Ipirá, Guanambi, Irecê, Jequié e Vitória da Conquista. O mapa ainda acrescentou as regiões de Juazeiro, no Norte, e de Feira de Santana, no agreste, por causa do rebanho de caprinos e da pecuária de leite e a agricultura de sequeiro, respectivamente. Na região de Irecê, por exemplo, a perda de 100% foi verificada em culturas de milho, feijão e mamona. Na região sisaleira e bacia do Jacuípe, a mortalidade atingiu os 40%, em Juazeiro esse porcentual ficou em 30%.
Prejuízo para o agricultor
Prejuízo para o agricultor com estiagem chega a 100%, estima Faeb