Os especialistas estão anunciando que este ano o Brasil irá colher a maior safra de café já produzida no país em período de baixa bienalidade. A informação foi divulgada durante a Semana Internacional do Café, realizada até o dia 12 deste mês, em Belo Horizonte, Minas Gerais.
Os dados foram apresentados pelo Diretor de Política Agrícola e Informações da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Sílvio Porto. De acordo com o levantamento, o Brasil deverá colher 47,54 milhões de sacas de 60 kg de café beneficiado (arábica e robusta). O resultado representa uma redução de 6,46% (3,28 mi de sacas), se comparadoa os 50,83 milhões do período anterior, de alta. A maior redução foiobservada no café arábica, que teve queda de 1,68 mi, seguida pelorobusta, 1,61 mi.
De acordo com a Gerência de Avaliação de Safras da Conab,área responsável pelo levantamento, a redução se deve, sobretudo, ao ciclo de baixa bienalidade. Isso ocorreu na maioria das áreas de café arábica. Outro fator que interferiu na queda foi o regime de chuvas bastante irregular, aliado às altas temperaturas na maioria dos estados produtores e geadas no Paraná.
Estimada em 36.666,7 mil sacas, a produção de café arábica corresponde a 77,12% do volume de café produzido no país, e tem como maiorprodutor o estado de Minas Gerais, com 25,87 mi de sacas. Já a produção do robusta, contabilizada em 10.877,3 mil sacas, representa 27,88% do totalnacional e tem como maior produtor o Espírito Santo.
O estudo indica também outra tendência positiva: nas últimas safras, a diferença entre a alta e baixa bienalidade está reduzindo. “Este fato se deve à maior utilização da mecanização, aliada àsinovações tecnológicas, às exigências do mercado, à qualidade do produto e à boa gestão da atividade”, esclarece Silvio Porto. Segundo ele, esses fatores são extremamente importantes e necessários para o avanço e modernização da cafeicultura.
da redação do Nordeste Rural