Deputados e senadores conseguiram do governo, no mês de dezembro, o empenho de R$ 2,28 bilhões em emendas individuais e coletivas apresentadas ao Orçamento da União de 2013 – o maior valor mensal conquistado em 2013. O empenho é promessa de liberação efetiva dos recursos e assegura a possibilidade de o governo vir a autorizar o gasto este ano. Nos últimos 15 dias de dezembro, o Planalto acelerou os empenhos de quase R$ 900 milhões, segundo dados obtidos pelo jornal O Globo junto à assessoria técnica do DEM, a partir de dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi). De acordo com o partido de oposição, o PT teve 55,23% de suas emendas empenhadas – R$ 164 milhões de um total de R$ 297 milhões autorizados para 2013.
Ainda aliados, o PMDB obteve 56,95% de empenhos, o PR conseguiu 54,38% e o PP, 51,23%. Já o PSB, de saída da base governista, conseguiu 51,49%. O DEM teve o empenho de 34,83% dos recursos – R$ 43,1 milhões de R$ 123,8 milhões – e o PSDB ficou com 34,44%. “A emenda tem um valor relativo, é café pequeno diante do poder que o governo tem ao usar as verbas dos ministérios e destiná-las para as cidades de seu interesse. Com o orçamento impositivo, o governo vai ter que fazer uma distribuição igualitária, mas poderá fazer uma liberação seletiva. Acho que eles vão liberar para nós, da oposição, só depois da eleição, e para os aliados, antes”, comentou o líder democrata na Câmara, Ronaldo Caiado (GO).