Não é novidade que a farra das drogas lícita e ilícita faz parte dos clubes das Luluzinhas e Bolinhas que estão recheados por jovens estudantes universitários de várias capitais desse país a fora.
O filme Tropa de Elite 1 tem uma cena bem marcante sobre esta temática quando ressalta que é exatamente esta classe bem resolvida, escolada e intelectualizada que realimenta o tráfego de drogas.
Ou vai dizer que quem consume diariamente cocaína e derivados “finos” são os pobretões sem grana?
Bom… mas a temática entrou neste post em função de um jantar que tive neste domingo (11.12.11) com amigos daqui da região que contaram, espantosamente, sobre as orgias que estão ocorrendo em vários apartamentos locados para rapazes e “moças” de outras cidades que vieram estudar nas universidades da região.
Só pra se ter uma idéia, um dos amigos me explicou que as tais garotas jovens universitárias marcam o horário da orgia com antecedência e o número máximo de colegas estudantes da turma (sala de aula) ou de outros períodos que podem participar.
Ao chegar no apê elas recebem os convidados totalmente nuas e com bandejas de cocaína enfileirada. A farra começa da porta. Entre cheirar, beber álcool e transar vai algumas horas. (E olha que eu pensava tão inocentemente que essas coisas estavam mais pras piriguetes e políticos de Brasília…)
Pois bem… isso pode não ser novidade em Sampa, Salvador, Rio, Brasília ou Recife e tantas outras capitais. O que assusta é que estamos falando de uma cidade de médio porte como Petrolina e que ainda traz uma herança bendita de uma cultura familiar acolhedora e que não gostaria de ver seus filhos/filhas envolvidos nesse tipo de atividade.
Outra coisa que chama atenção é o modus operandi que faz funcionar a chegada do pó até as mãos desses jovens e a tranqüilidade que eles dispõem para consumir os gramas, sem medo do amanhã.
Vale um pouco a reflexão:
a)É preciso chegar ao fundo do poço para compreender o mal que as drogas fazem?
b) Provar a substância significa fazer parte do gueto, do grupo, da galera? Caso contrário é chamado de careta e babaca?
c)Que discurso é este que estes jovens defendem nos bancos universitários e nas praças públicas?
d)Como serão estes profissionais amanhã?
e)Que tipo de pai ou mãe estes jovens serão amanhã?
Sabe…acho que sempre fui careta e babaca por isso não fui pro fundo do poço.
Vale o recado pra esses jovens: o amanhã tá tão próximo e o fundo do poço também…
Por Teresa Leonel*
* Socióloga e jornalista, professora de jornalismo e publicidade, especialista em Ensino da Comunicação Social e mestranda em Comunicação.