Uma pesquisa apresentada pela Faculdade de Saúde Pública da USP (Universidade São Paulo) aponta que a sonolência entre os trabalhadores noturnos está associada ao sobrepeso e ao consumo de carboidratos.
O estudo foi feito em duas etapas. Na primeira semana, eles mantiveram a dieta normal da empresa e foi avaliado a sonolência. Depois de dois dias, avaliou-se a rotina deles e foram dadas algumas orientações, como suspender o consumo de café durante o trabalho. A partir daí, iniciou a intervenção, com uma dieta rica em carboidratos durante cinco dias. A segunda etapa, também iniciada depois de um intervalo de dois dias, foi com uma dieta rica em proteínas.
Mesmo as intervenções foram feitas com o consumo de alimentos oferecidos pela empresa. Para os pesquisadores, a novidade do estudo foi observar que o aumento da sonolência está diretamente ligado ao IMC (Índice de Massa Corporal). O efeito do carboidrato foi potencializado pelo IMC, ou seja, quanto maior o sobrepeso, maior a influência da alimentação na sonolência dos trabalhadores.
O estudo observou também que não houve alteração durante a semana em que a proteína foi tomada como base da alimentação. Em todo o país, estima-se que de 15% a 20% da força de trabalho seja composta por trabalhadores noturnos.