Trigêmeos idênticos nasceram na região metropolitana de Goiânia. Os meninos nasceram com o mesmo peso, mesma altura e gerados numa única placenta. Um fenômeno raro, que surpreendeu até os médicos.
A farmacêutica Estefânia Menezes e o marido acabam de descobrir que a gravidez é de trigêmeos. Foram dois anos de tentativas em clínicas de reprodução. “A gente está feliz também triplamente”.
Com todas as novidades em técnicas de fertilização, os casos de gestação de trigêmeos em laboratórios ficaram bem frequentes. Um em cada 100 nascimentos.
Raro é o que aconteceu em Nerópolis, na região metropolitana de Goiânia. Miguel, Caio e Gustavo são trigêmeos idênticos. Tão iguais, que confundem até mesmo a família. O nome dos meninos está em uma fita adesiva, para todo mundo ver. Porque se não for deste jeito, os bebês são trocados. “Dizem que a mãe sempre sabe, mas eu não consigo. De verdade. Se tirar da ordem e não colocar etiqueta, aí bagunçou tudo, aí não consigo saber mesmo”, diz Symara Naves, mãe dos trigêmeos.
A raridade neste caso se deve porque a gravidez da Symara foi espontânea e também porque os meninos estavam todos numa única placenta. Isso só acontece uma vez em cada 100 mil gestações.
Os trigêmeos nasceram aos nove meses, pesando exatamente dois quilos e meio e com 46 centímetros.
Waldemar do Amaral, especialista em reprodução humana, diz que em 25 anos trabalhando com fecundação, nunca atendeu um caso assim. “A frequência do fato é muito raro, a evolução que chega ao final da gravidez é muito raro, porque 70% a 90% destes pré-natais antecipam, nascem prematuros, vão para a UTI. O fato de chegar ao final com resultado que me parece de qualidade é uma outra grande raridade. Então é uma raridade em cima de outra raridade”.
Os bebês encantam a irmã Sayuri Dias Tanaka. Eles chegaram 13 anos depois do nascimento dela, que até então era filha única. “Todo dia eu pedia um irmão! Vieram três de uma vez. Eu já chego lá na escola e nem perguntam como eu estou, perguntam como que os trigêmeos estão”.
Dar banho, trocar de roupa e amamentar é serviço que não acaba mais.”É uma maratona grande, porque não para. Na hora que termina de dar o mama já é hora de limpar”, conta Niva de Oliveira, tia dos trigêmeos.
Jader Naves, o pai dos bebês, está feliz da vida. “Nunca imaginei ser pai nem de gêmeos. Isso nunca passou pela cabeça. Lindos, perfeitos e saudáveis que é o mais importante”.
Fonte: Portal G1/Jornal Hoje