É um cidadão que lhe é outorgado o direito de votar, escolher o seu representante, exerce, portanto, a sua cidadania em pleno estado de direito. Não é um farrapo, pedaço de pano velho! Tem o foro íntimo e não admite ser tratado como imbecil e, pede respeito a sua firmeza de caráter.
Nos países livres, democráticos, os eleitores –consciência coletiva – não admitem ser ludibriados, enganados por aqueles em que se têm a expectativa de segurança para dirigir o destino de um povo e, esperam também, que não se declinem à sorrelfa, agredindo assim, um ideário político!
Um líder político é o coração da alma de uma agremiação em que o consenso é o esteio de sustentação da coerência, não se permitindo fragilidade de firmeza na decisão de quem se aguarda impavidez robusta. Entregar-se covardemente a pressões psicológicas, o líder cai na desdita seara do limbo da desgraça!
Deixa-se de ter liderados, quando o “cume esperança” fracassa, se humilha aos olhos de quem lhe deposita fé, coragem! Um líder pode cair, mas, lutando com ardor, mostrando assim ser varonil; a queda terá o nome de “escorrego”, porque, quem morre no teatro de operações, defendendo sua dignidade, sua honra e de seus soldados, morre na glória!
O “político soldado” não deve ensarilhar suas armas, sem antes enfrentar o inimigo, procurando combatê-lo. Voto é uma obrigação sagrada, subjetiva, expressão da vontade de um povo! Não é patrimônio de nenhum sofista socrático, retórico conveniente que quer acima de tudo permanecer no vértice da pirâmide do poder. Eleitor de fibra, que tem honradez, não é súdito nem vassalo para subordinar-se a um “soberano” que aceita entregar a sua guarda a um “laço” mortal de um cavaleiro!
É uma feiura melancólica bater-se em retirada, em pleno campo de batalha, sem oferecer resistência, levantando a bandeira branca, com receio do próprio aliado, ao invés de enfrentá-lo. O moral da tropa fica baixo, sem menor sombra de dúvida e, perde a confiança no comando e os seus soldados que começam a debandar por veredas diversas para sempre! Passam, doravante, a entoar o hino da decepção por não terem hasteado a desejada bandeira!
Geraldo Dias de Andrade é Cel. PM/RR – Escritor – Bel. em Direito – Cronista – Membro da ABI/Seccional Norte e Membro da Academia Juazeirense de Letras.