Cerca de 300 militares brasileiros embarcaram ontem (6/10) para integrar a missão de paz das Nações Unidas no Líbano, a Unifil. A fragata União deixou a base naval na Ilha do Mocanguê, em Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro, no fim da manhã.
A previsão é que chegue ao Porto de Beirute, a aproximadamente 15 mil quilômetros da costa brasileira, em cerca de um mês, após escalas em Recife, em Las Palmas, na Espanha, e Nápoles, na Itália.
O Brasil participa da missão desde fevereiro deste ano, quando o contra-almirante Luiz Henrique Caroli assumiu o comando da Força-Tarefa Marítima da Unifil, mas esta é a primeira vez que o país envia uma embarcação e um grande contingente de militares.
De acordo com o capitão de fragata Ricardo Gomes, comandante do navio, a participação brasileira nesta missão reforça a capacidade do país de atuar em uma área distante, de conflito e por um período prolongado. Ele explicou que os militares são responsáveis por controlar o tráfego mercantil na região.
“A fragata União vai funcionar como navio capitânia para exercer o comando efetivo do mar. O objetivo é auxiliar o governo libanês no controle das águas jurisdicionais para evitar a entrada de material não autorizado, como armas, ou que haja algum tipo de ilícito naquela região. É uma tarefa pioneira que vai permitir à Marinha demonstrar toda a sua capacidade de atuar em uma área nessas condições.”
O comandante destacou que o navio é considerado de múltiplo emprego, já que tem capacidade de atuar em todos os ambientes de guerra – de superfície, antiaérea ou antissubmarino. A fragata União servirá como ponto de apoio para um grupo multinacional, composto de três navios da Alemanha, dois de Bangladesh, um da Grécia, um da Indonésia e um da Turquia.
Além disso, transporta um helicóptero AH-11A Super Lynx, um destacamento de mergulhadores de combate, que poderá realizar operações especiais, e um de fuzileiros navais, que ficará responsável pela segurança do navio.
Gomes também ressaltou que para amenizar a saudade durante os oito meses em que os militares ficarão afastados de casa e dos parentes, a embarcação conta com um sistema moderno de comunicação por satélite. Por meio dos equipamentos, os tripulantes terão acesso a serviços de telefonia, internet e televisão.
Fonte: Agência do Brasil