Foi realizada na manhã de ontem (20) pela Colônia dos Pescadores que utilizavam a Ilha do Fogo como seu local de trabalho, juntamente com o “Coletivo da Ilha do Fogo”, uma manifestação em prol da retomada do direito ao livre acesso e a liberação do local, que além de um ponto de lazer, servia como fonte de renda para alguns pescadores da região.
Segundo uma das representantes do Coletivo da Ilha do Fogo, Daniele Lisboa, cerca de 40 barcos navegaram em direção a ilha fazendo uma espécie de abraço simbólico. Enquanto o ato era realizado, manifestantes do Coletivo estiveram no local com cartazes que explicitavam a revolta pela forma como o local foi ocupado e a proibição da entrada dos seus frequentadores. “A gente organizou o protesto pela volta da Ilha do Fogo ao povo, junto com os pescadores que também foram retirados da ilha, eles não podem mais atracar seus barcos, e para eles, além do lazer é uma questão profissional, é de onde tiravam o sustento da família, e eles precisam, para continuar pescando com mais facilidade (…). Não fechamos a ponte, e pedimos apoio aos motoristas enquanto os barqueiros davam a volta na ilha…”. Flores que simbolizavam a forma pacífica de mostrar a insatisfação dos pescadores foram colocadas nas grades que cercam o lugar onde antes era seu local de trabalho.
De acordo com outra fonte, que preferiu não se identificar, o Exército ciente do protesto cercou toda a ilha impedindo que os pescadores chegassem ao local, deixando um clima de tensão no ar.
Texto: Ingrid Barbosa