
O Palácio do Planalto confirmou na noite de ontem (26) que o secretário executivo do Ministério do Esporte, Waldemar Manoel Silva de Souza, comandará a pasta interinamente até que a presidente Dilma Rousseff escolha o substituto de Orlando Silva, que pediu demissão hoje.
Silva deixou o cargo após mais de uma semana de pressão. A crise começou no dia 15, quando a revista Veja trouxe uma reportagem em que um policial militar acusava o agora ex-ministro de receber propina e operar um suposto esquema de desvio de verba na pasta.
Ao anunciar sua decisão, ele reiterou ser inocente e lembrou que ainda não surgiram provas que atestem seu envolvimento com irregularidades. “Eu reafirmei com a presidenta que não há, não houve e não haverá nenhuma prova contra mim. Mas tranquilizei ela afirmando que em poucos dias e em poucas semanas a verdade virá à tona.”
Silva, que pertence ao PCdoB, disse que Dilma aceitou seu pedido de afastamento do cargo por entender que, embora não haja provas contra ele, as denúncias geraram uma crise na pasta.
” Lembrei: já são 12 dias em que sofri um ataque baixo, uma agressão vil baseada em mentiras. E há 12 dias nenhuma prova concreta dos ataques que eu sofri surgiram, nem surgirão. Mas é um quadro que criou uma crise política, e eu tenho compromisso com o governo. Mais do que nada eu sou um militante. Nosso partido não pode ser base de instrumento de nenhum ataque ao governo”, diz.
O PCdoB espera manter o controle da pasta, única do governo entregue ao partido, um tradicional aliado do PT